Primeiro autor estrangeiro a ser homenageado em uma exposição no Museu da Língua Portuguesa, Fernando Pessoa é conhecido como o mais brasileiro dos poetas portugueses.
Concebida pela Fundação Roberto Marinho, a mostra teve a curadoria de Carlos Felipe Moisés e Richard Zenith e contou com um requintado projeto cenográfico de Hélio Eichbauer.
“Fernando Pessoa, plural como o Universo” usou, como principal suporte, a rica obra deste autor criador da frase “Minha pátria é a língua portuguesa”.
Ao morrer, no dia 30 de novembro de 1935 na cidade de Lisboa, Fernando Pessoa deixou, em casa, uma arca com milhares de textos inéditos, manuscritos e datiloscritos. À medida que foram sendo descobertos e publicados, ao longo do século XX, esses textos passaram a formar um dos mais belos e importantes conjuntos de obras da língua portuguesa.
Tudo que Pessoa escreveu é heteronímico, até mesmo a pequena parte de sua obra que ele assina com seu nome de batismo. Este mundo fascinante, onde transitam os poemas de Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos, Bernardo Soares e tantos outros seres e personagens tomados emprestados por Fernando Pessoa, serviu de inspiração para a exposição que, aliando tecnologia, modernidade, interatividade e documentos museológicos, apresentou, ao grande público, este autor, estes autores, esta obra, este universo plural, rico, fascinante.