Ministra da Cultura, Margareth Menezes, visita o Museu

Além de realizar um tour pela exposição principal e a atual mostra temporária da instituição, a Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação, a cantora participou do lançamento da Red List Brasil 

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, esteve no Museu da Língua Portuguesa nesta terça-feira, dia 14 de fevereiro, em sua primeira agenda oficial na capital paulista neste cargo do governo Lula. A ministra passou a tarde toda na instituição da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo para participar do lançamento da Red List Brasil, publicação elaborada pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM) que lista bens culturais brasileiros sob maior risco de tráfico. 

Junto com a secretária de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, Marília Marton, a ministra pôde também ver de perto o conteúdo da atual mostra temporária do Museu da Língua Portuguesa, a Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação. O passeio foi comandado por Daiara Tukano, artista e educadora indígena curadora deste projeto, que fala sobre as línguas e culturas dos povos originários do Brasil. 

Menezes ainda passou por algumas experiências da exposição principal do Museu, que enaltece a diversidade da língua portuguesa falada no território brasileiro e também no exterior – são mais de 260 milhões de falantes do idioma em todo o mundo.  

Em seguida, Menezes e Marton, acompanhadas de Renata Motta, diretora-executiva do Museu da Língua Portuguesa, dirigiram-se ao Auditório da instituição, onde houve o lançamento da Red List Brasil – a Lista Vermelha de Objetos Culturais Brasileiros em Risco. Estiveram também presentes Emma Nardi, presidente global do ICOM; Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional; Fernanda Castro, presidente do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM); e Sophie Delepierre, coordenadora do Departamento de Patrimônio do ICOM.  

“Nas ações que nós estamos estabelecendo no ministério, as transversalidades, as diversidades e todas as regiões do Brasil serão contempladas. Esta é uma meta do meu entendimento, porque o Brasil é um país gigante e precisamos tratar da mesma maneira todas as manifestações culturais, em todos os lugares”, disse a ministra da Cultura.

As Red Lists não são uma lista de objetos roubados, mas de tipologias de objetos protegidos por legislação e sob risco de tráfico, descritas e ilustradas com fotografias, para ajudar agentes fiscalizadores a ter repertório visual para identificar possíveis movimentações ilegais. O ICOM já lançou 19 Red Lists, sendo a última uma edição emergencial dedicada à Ucrânia, em função da invasão russa e do aumento do risco de pilhagem. Já há Red Lists para a América Latina, América Central e México, Colômbia e Peru. A Red List Brasil é a 20ª publicação – o Itaú Cultural e o Instituto Moreira Salles ajudaram a financiar a publicação, que já tem versões em português e inglês e, em breve, será traduzida também para o sueco.   

A Red List brasileira inclui pela primeira vez a paleontologia (fósseis), artefatos religiosos de matriz africana e objetos etnográficos feitos com elementos da biodiversidade brasileira (cocares e adereços indígenas) e primeiras edições de livros e publicações de autores brasileiros, bem como histórias em quadrinhos. Nesse caso, foi incluída na Red List, a título exemplificativo, uma página da revista O Tico-Tico, publicada em 1905. A publicação pode ser consultada no link https://icom.museum/en/news/icom-new-red-list-of-brazilian-cultural-objects-at-risk/. 

Na quarta-feira, dia 15 de fevereiro, o Museu da Língua Portuguesa também recebeu um workshop com especialistas nacionais e internacionais sobre a elaboração e as repercussões da Red List Brasil. O workshop é fechado para técnicos e autoridades convidadas.  

Museu da Língua Portuguesa    
Praça da Luz, s/nº – Luz – Centro de São Paulo    
Terça a domingo, das 9h às 16h30 (com permanência até as 18h) 
Na Quarta-Feira de Cinzas, dia 22 de fevereiro, das 12h às 16h30 (com permanência até as 18h)      
R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)         
Grátis para crianças até 7 anos         
Grátis aos sábados        
Acesso pelo Portão A         
Venda de ingressos na bilheteria e pela internet

 

 

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