Museu lança exposição virtual sobre tecnologias de gravação e reprodução de músicas

Do cilindro à nuvem virtualiza a linha do tempo com objetos utilizados para reproduzir música presente na exposição física Essa nossa canção, em cartaz na sede do Museu. Acesso é gratuito pela plataforma Google Arts & Culture

O Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, lança uma exposição virtual baseada em sua atual exposição temporária, a Essa nossa canção, que aborda o elo profundo da língua portuguesa com a canção popular brasileira. Por meio deste projeto on-line, disponível na plataforma Google Arts & Culture, é possível ter acesso a uma linha do tempo que apresenta objetos usados para a reprodução de músicas desde o fim do século 19, uma instalação que faz adultos relembrarem aparelhos como a vitrola e crianças se perguntarem como funciona um walkman. 

Com texto de Marcelo Macca e imagens feitas na mostra temporária Essa nossa canção, a exposição virtual, intitulada Do cilindro à nuvem, faz um apanhado histórico de como os seres humanos têm conseguido reproduzir as músicas que compõem e cantam. Se até a segunda metade de século 19 só era possível ouvir as canções quando tocadas ao vivo, isso mudou quando Thomas Edison, no ano de 1877, criou o fonógrafo – há um exemplar deste objeto na exposição física em cartaz no Museu da Língua Portuguesa. 

Depois, surgiram o gramofone, os rádios, que se popularizaram a partir dos anos 1940, e os discos de vinil. Na mostra virtual, há um texto explicando por que o termo vitrola se tornou tão popular mundialmente. 

Há ainda espaço para destacar o papel da televisão na disseminação da música. Anos antes da MTV, emissora dedicada ao lançamento de videoclipes surgida nos Estados Unidos na década de 1980, que no Brasil teve a primeira transmissão em outubro de 1990, programas de TV, como o Fantástico, já tinham espaço para este tipo de conteúdo.  

Enquanto a exposição virtual Do cilindro à nuvem contém um texto explicando este processo, quem vem ao Museu da Língua Portuguesa ver a mostra Essa nossa canção tem a oportunidade de assistir, na íntegra, Rita Lee cantando o hit “Esse tal de Roque Enrow”, apresentado em uma edição do dominical Fantástico (Globo), em 1975. 

Depois, surgiriam o walkman, a fita cassete, o iPod e outras tecnologias que ganham menções tanto na exposição on-line quanto na presencial de Essa nossa canção – nesta, há exemplares desses objetos expostos também. A equipe do Centro de Referência do Museu da Língua Portuguesa é a responsável pela exposição Do cilindro à nuvem. 

A exposição Essa nossa canção
Em Essa nossa canção, música e língua se unem como um sopro e se espalham como o vento pelo espaço expositivo. A experiência dos visitantes começa já no elevador, quando o público é surpreendido por uma intervenção sonora criada pelo produtor cultural Alê Siqueira a partir de vocalizes de músicas brasileiras.  

O projeto é composto por quatro ambientes. Em um deles, o público encontra a instalação sonora Palavras Cantadas, também de Alê Siqueira, na qual 54 músicas brasileiras são despidas do acompanhamento instrumental: cantadas à capela e entremeadas umas nas outras, parecem conversar entre si.  

Outro destaque é uma sala onde dez canções emblemáticas do cancioneiro nacional ganham novos intérpretes. Em vídeos dirigidos por Daniel Augusto, Carlinhos Brown, Teresa Cristina e Tom Zé, entre outros artistas, cantam faixas como O vento (Dorival Caymmi) e Pelo telefone (Donga).  

Com curadoria de Hermano Vianna e Carlos Nader, consultoria especial de José Miguel Wisnik e curadoria especial de Isa Grinspum Ferraz, a exposição temporária Essa nossa canção conta com o patrocínio máster da CCR, patrocínio do Grupo Globo, e com o apoio do BNY Mellon, da PwC Brasil e do Itaú Unibanco – todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.     

SERVIÇO   
Exposição virtual Do cilindro à nuvem
No Google Arts & Culture – Disponível neste link
Grátis 

Mostra temporária Essa nossa canção   
Até março de 2024   
De terça a domingo, das 9h às 16h30 (com permanência até as 18h)    
R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) 
R$ 10 aos domingos para todos os públicos    
Grátis para crianças até 7 anos    
Grátis aos sábados    
Acesso pelo Portão A    
Venda de ingressos na bilheteria e pela internet    
 

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