Pela primeira vez o Museu da Língua Portuguesa homenageou um músico por sua contribuição literária, em uma exposição temporária. Com muita irreverência, Cazuza escreveu poesia e levou seus ideais ao grande público por meio da música.
Entre as atrações da exibição havia um caraoquê onde o visitante podia cantar dois dos maiores sucessos do cantor. Fotografias, trechos de música, vídeos com entrevistas em diversos momentos da trajetória do artista e objetos pessoais como a bandana vermelha e os óculos de sol, que eram algumas de suas marcas registradas, compunham um panorama da vida e obra do artista.
A mostra permitiu ao visitante conhecer a música de Cazuza, os artistas que o influenciaram, além de assistir a vídeos onde especialistas e amigos deram seus depoimentos sobre a vida e a carreira do ex-líder do Barão Vermelho.
A curadoria da exposição foi de Gringo Cardia que, usando de tecnologia e interatividade, levou ao museu o espírito contestador e rebelde do artista, criando um paralelo com as manifestações de rua que estavam ocorrendo pelo país em 2013.
Cazuza não gostava de ser chamado de poeta, ele se considerava apenas um músico. Mas as reflexões políticas e sociais em suas obras reverberaram por algumas gerações e continuam ilustrando a realidade atual.