Como o próprio nome da exposição diz, ela foi pensada como uma provocação, mas também um alerta para os falantes da língua portuguesa. Surgiu a partir da vontade do Museu de abordar o idioma como tema central de uma de suas exposições temporárias.
A partir da frase “Quero ser um poliglota na minha própria língua”, a proposta dos curadores, Ataliba T. de Castilho e Eduardo Calbucci, era possibilitar, aos visitantes, uma visão menos engessada e mais abrangente do idioma. Uma forma de demonstrar que existem possibilidades diferentes de se falar português e que cada uma delas é menos ou mais adequada a determinadas situações.
Essa reflexão se dava de muitas formas – por meio de jogos, expressões que continham “erros” linguísticos comuns do dia a dia – e, com criatividade, mostrava por que os falantes cometem certos equívocos enquanto falam, sem mesmo perceberem.
Com interatividade e linguagem divertida, a exposição tratava do preconceito linguístico e da criatividade do brasileiro no uso da língua portuguesa. Entender sua dinâmica e como ela se modifica dependendo dos locais, seus falantes e suas influências desconstrói a imagem de que a linguagem formal é a única correta.